Aquele nem era um dia de sol assim,
daqueles em que o céu amanhece bem azul e os pássaros cantam.
Encontrou tanta gente cantando na rua, que deu vontade de cantar também.
Ela sempre canta, mas canta baixinho, com medo de descobrirem os seus segredos.
Deu vontade de andar a pé, e ir olhando o caminho.
Sentia as pedrinhas da calçada no fundo da sapatilha baixa,
do jeito que gosta assim, de estar, bem à vontade.
Sorriu para o menino pequeno que sorriu para ela sentado na calçada.
Saiu com os óculos de armação quadrada preto e branca que a deixa um tanto sisuda,
Mas logo a máscara cai, e ela cai no riso se vê algo absurdo.
E lá vem pela rua sapeca, a menina moleca
Com aquele sorriso safado de menino pequeno aprontando algo.
Vez ou outra dorme até sem rezar, mas o Pai lá de cima balança a cabeça, sorri, e perdoa.
Não é por acaso o cansaço,
Passou o dia todo a brincar.
Brincar de viver vida de adulto, pensa que é gente grande.
Mas quando dá um aperto no peito e não tem quem abraçar,
Ela deita na cama e cai no choro.
E só dorme feliz sem rezar nos dias que encontra seu grande amor,
um dia pequeno,
Que a distância não é capaz de apagar.
Os risos, as histórias, as mãos, o olhar terno
Uma boa notícia,
Tempos vindouros,
Um "eu te amo" na tela do computador...
Uma lágrima, dois sorrisos,
Câmbio, desligam.
E dorme do mesmo lado da cama,
Segurando o dedo,
Um sorriso no canto da boca,
Adormece, e sonha.
Um comentário:
que coisa linda amiga!!! Brincar de ser adulto... essa brincadeira não deveria ser nada constante!rsrsrs
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