quarta-feira, 11 de março de 2009

Causos de Borboleta II - Explicável Felicidade



Mas ainda não havia acabado a batalha.
Golpes e mais golpes sucederam, em uma luta intensa.
Fatos e mais fatos ocorreram como se testassem nela a capacidade da esperança.
Ela achava que Deus estivesse ocupado demais para lhe ouvir,
esquecendo seu livro da vida em um cantinho empoeirado do céu.
Parecia o dilúvio da Arca de Noé.
Muitas lágrimas, muitos motivos.
Muitas orações, muitas preces.
Muitos abraços, poucos amigos.
Colo de mãe, cena de filme, jogo de baralho.

Jogar tudo pro alto, ser hippie, morar em Itacaré.
Nada deu certo, obra do acaso, descaso.
Silêncio. Só pensamentos.
Volta e retoma, como eu deveria ter começado?
Mas a tristeza também se dissipa.
Um coração em frangalhos também renasce.
Uma rosa vermelha e perfumada substitui a murcha de alguns dias.
Um caminhão de infelicidade passa.
Surge o sol, mais amigos.
Menos lágrimas, mais fé.
E a felicidade se explica, depois de muitas horas de relógio
Alguém aí cronometrou o tempo?
Para ela, quatro estações se passaram.
Ela ficara um bom tempo no inverno.
Algumas emoções congelaram - passado.
Um suspiro aliviado de quem não cansou de esperar,
Borboletas amarelas em par - as prediletas!
Um coração de sol, pai de toda a cor,
E a felicidade vindo do céu, chovendo em sua cabeça como uma poeira de estrelas.
Ninguém viu um dia a tristeza do passado.
A alegria do presente não deu pra ser segredo.
É inevitável sentir a felicidade pululando nos olhos da menina.

Um comentário:

Thiago Prado disse...

Uhuuuuuuuuuuuu... me coçando... kkkkkkkkkkkkkkkkkk Ótimo texto. Dá pra sentir a felicidade na organização das palavras. Bjo!!!!