domingo, 28 de dezembro de 2008

Dia de festa

Dia de festa, querubim, é o dia em que espero para te reencontrar
É o dia em que nos enlaçamos em um forte abraço
Abraço que é colo e mimo, diante dos anos que se passaram
Dia de festa é nos sentirmos lindas, saindo pra dançar
E o mundo é nosso, não porque ninguém nos disse, mas porque disso sabemos.
Pode ser que toque rock, mas se nós gostamos de samba, será samba o ritmo.
Mas não é nas festas que nos divertimos
É nos dias em que saímos e transformamos a vida em festa
É chorar contigo, e só contigo
Porque tu me entendes, e eu a você
É porque somente tu entendes a minha dor
E a sua dor é a minha também.
Dia de festa pode ter gosto de bebida ou sorvete gelado com chocolate
É festa no céu, e em meu coração, porque você está aqui!
Não se espantes, meu lindo querubim, se um dia chorares sem mim
Porque onde estiveres saberás que poderá contar comigo
E eu voarei até tu para lhe soprar palavras que lhe digam o quanto a vida é bela
Porque só nós sabemos o que passamos,
O que vencemos,
O que venceremos,
E é por estar ao seu lado,
Que acredito, ainda,
Que a vida vale a pena.




>> A poesia acima é dedicada ao querubim ( do Hebr. Kerubim, pl. de Kerub s. m., anjo figurado por cabeça de criança com asas, nas obras de pintura ou escultura; por ext. criança encantadora) a minha criança encantadora, Larissa. Nome que vem do grego e que significa alegria. Nada mais distante do que ela poderia irradiar, cada dia que passa, chega e se torna presente em minha vida. Te amo!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Mais um dia

Esse ano de 2008 foi engraçado. Começou muito bem, pelo menos pra mim, com a formatura de minha melhor amiga e banho de mar. Não esqueço, o dia amanhecendo e Deus abençoando a paisagem, que começava a ficar mais linda. Mar azul, céu claro, sol morninho de sete da manhã... E saímos todos da festa direto para aquela paisagem paradisíaca. E foi um banho de mar de descarrego mesmo, eu sorria, tamanha a paz que eu sentia. Senti muita paz em muitos momentos em 2008. Mas aquela paz que vem com agonia, uma agonia boa da correria do dia-a-dia, aquela luta absurda para sobreviver. Mas ainda não é hora de fazer um balanço sobre o ano, afinal de contas hoje é Natal. Só queria relembrar a sensação boa de estar um tantinho perto de Deus, coisa que não senti hoje, e não sinto agora.
Natal? Eu nem o vi chegar! Mas é, é o que dizem na televisão: lojas lotadas, compras, presentes, viagens, jantares, movimento nas estradas. E não sinto Deus. Não sinto o significado do Natal. Passei pela rua hoje, e quase me indignei com a gritante cena. As pessoas saindo empacotadas das lojas, salões de beleza lotados, cada um com sua preocupação sobre ceia, parentes, coisas a resolver. Do outro lado da rua, uma senhora, cabelos desgrenhados, suja, sentada em uma calçada. A miséria gritava nos olhos dela. E ela tinha uma criança nos braços, igualmente suja. E passava a mão nos cabelos da criança, como se catasse piolhos. Ela mendigava. E eu me senti indigna de estar viva, de reclamar da minha vida. Ninguém olhava pra ela, nem para aquela criança. Nos olhos daquela mulher não existia tristeza. Mas acho que não existia também esperança. Ela estava ali, provavelmente esperando o dia seguinte. E somente.
Eu estou aqui também, em uma situação não tão deprimente, mas diria que ruim, disfarçando a solidão na Internet. Nessa noite, que deve ser especial - reza a lenda - não vejo nada de especial. Minha família inteira está longe, e só pude ouvir risos pelo telefone quando liguei para desejar um Feliz Natal. Meu pai dorme tranqüilo, em mais um dia comum para ele. Minha mãe foi dormir também. Minha irmã assiste especiais de Natal tétricos na TV. E eu estou aqui, em mais um dia como qualquer outro da minha vida. Nossa ceia é sempre no dia seguinte, um almoço em família. Acho que o dia do Natal propriamente dito tem mais vida. Ou talvez estejamos mais dispostos por não passarmos a data acordados até depois da meia-noite. Gosto de não ser padrão,nesse dia. Apenas ser.
E me pergunto, o que é um "Feliz Natal", que todos desejam no dia de hoje? A verdade é que não sei realmente, se é a comida, os presentes ou sei lá mais o quê.Talvez sejam as pessoas que compõem o dia. Mas se bem que tanta gente comenta depois, as presenças inconvenientes da festa, o reino da tolerância e hipocrisia... Mas não generalizarei aqui.
Hoje defino o Natal somente como paz que acolhe. E estar assim, mesmo nem com todos que amo, mas com os meus, a família de todos os dias. Farei uma oração antes da meia-noite e tentarei chegar o mais próximo possível de Deus que eu puder. E pedirei pela minha família, por você que lme lê, e por aquela mulher, com aquela criança nos braços. Cena de todos os dias, como o de hoje.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Todo o sofrimento acabará em breve

Episódio interessante aconteceu comigo hoje, que não poderia de registrar aqui. Como é de costume aos domingos aqui em casa, vamos sempre à igreja pela manhã. Mas hoje não me levantei, não porque não me sentisse disposta, mas talvez porque cansei de sair de casa para ir ter com Deus as minhas angústias, e acabar pedindo mais do que agradecendo. Ou talvez porque eu esteja rebelde mesmo, e não quisesse esboçar a minha falta de paciência para as coisas. Para com Deus? Não sei dizer, talvez, sou filha rebelde às vezes.
Bem, mas o fato é que estava sozinha em casa pela manhã, e sabemos como aquelas visitas dos irmãos evangélicos em casa chegam em horas erradas. Alguns os chamam carinhosamente de " irmãos queima-panela", porque chegam quando tem comida no fogo ou em outros horários impróprios. Não os julgo aqui, porque a missão deles é tão rara e tão difícil! Mas não poderia ser diferente comigo. O interfone tocou e eu estava no banho. Me enrolei em uma toalha e fui ao interfone perguntar quem era. Quando ele começou a falar de Deus para mim, achei que quisesse entrar para pregar, e pensei que isso me custaria muito tempo e um sorriso no rosto que não estava a fim de esboçar - sempre acordo de mau humor. Mas ele me disse que seria breve, e que leria um versículo para mim pelo interfone mesmo. "Poxa, que prático", pensei. E consenti. Ele perguntou meu nome, falou sobre o Evangelho de Lucas e destacou os problemas da atualidade. Me disse que o evangelho previu o acontecimento de todas essas coisas, e disse que neste momento de dificuldade, temos que erguer nossas cabeças diante dos problemas, e aguardar a vinda do Filho do Homem. Que os tempos são difíceis e que vão piorar. E que precisamos pedir muito a Ele, que tudo vê e tudo sabe.
Eu chorei ouvindo tudo. Porque no dia em que me recusei em ir ver Deus, Ele veio até mim. E não veio como sopro, como inspiração, mas veio através de um irmão de carne e osso me dizer Suas palavras. Dizer que me ouve e que me vê. Deus veio até mim, literalmente.
Fabrício, o nome do intercessor das sábias palavras. Agradeci a pregação, desejei-lhe um bom dia e ele se foi, cumprindo sua missão de levar essa presença de Deus materializada.
Além das palavras, Fabrício me deixou também um panfleto na minha caixa de correio, com os dizeres que são título desse post: "Todo o sofrimento acabará em breve". Espero que sim, e para todos nós.
Mas como evangelização é tarefa de levar a mensagem de Deus ao próximo, deixarei aqui o versículo que Fabrício leu para mim. A íntegra pode ser encontrada em Lucas, capítulo 21. O versículo lido para mim foi o 28, que está destacado em itálico.
Espero que da mesma forma que Deus chegou para mim, possa chegar até o coração de cada um de vocês que me lêem agora.


Volta do Filho do Homem

"Haverá sinais no sol, na lua, e nas estrelas. Na terra a aflição e a angústia apoderar-se-ão das nações pelo bramido do mar e das ondas. Os homens definharão de medo, na expectativa dos males que devem sobrevir toda a terra. As próprias forças dos céus serão abaladas. Então verão o Filho do Homem vir sobre uma nuvem com grande glória e majestade. Quando começarem a acontecer estas coisas, reanimai-vos e levantai as vossas cabeças; porque se aproxima a vossa libertação."

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Dê-me a prova!

Engraçado como o ser humano precisa de provas para constatar as coisas. E isso deve ter registros mais antigos que relato bíblico, como quando São Tomé afirmou só crer em Jesus Cristo a partir do momento em que o visse. E eis que Cristo veio à tona, e assim fazemos nós, na lida cotidiana, para garantir nosso espaço, ou simplesmente para provarmos que somos capazes.
Difícil entender o que eu digo? Explico. Não basta você dizer que tem um diploma, é profissional, atuou nesta ou naquela área, tem materiais disso ou daquilo. Ninguém acredita em você. Ou sequer ler o que você escreve. Ou nem olha o seu currículo. Daí te chamam para um trabalho e você atua - e se dá bem, simplesmente porque é bom, porque sabe o que está fazendo, porque se esforçou, ou pelo conjunto de tudo isso. Ponto pra você, está aí a prova. Antes disso? Nem tente argumentar.
Se você diz que escreve, ninguém acredita em você, a não ser que crie um blog, ou publique algo impresso de grande ou média circulação.
Você diz que canta? Ha ha, te têm como um cantor de banheiro de quinta. Aí precisa que você arranhe a garganta em público ou as cordas do violão. Antes disso? Não, não. Vamos chamar fulano que todo dia está naquele barzinho ponta de esquina mais bebendo do que cantando algo. O violão e as palmas dos semi-bêbadoscurtindoqualquercoisa ajudam a maquiar as notas não alcançadas.
"Ah é, você atua? Não sabia..." É o primeiro comentário. Em seguida, fulano sai com o sorriso no canto da boca e comenta com beltrano a pérola: "diz ele que é ator! hahaha" E a boca só se cala ao assistir um primeiro espetáculo ou quando o pobre ator desacreditado ganha fama nacional: "Meu amigão ali, poxa... batíamos altas resenhas juntos. Excelente ator!"
Você é fotógrafo? Fez vários cursos e especializações? Quem se importa? "Todo mundo que tem uma câmera digital é fotógrafo", é o primeiro comentário.
Bem, não podemos descartar os "garganteiros" de plantão, que mais falam do que fazem. Mas se olharmos bem, os que mais falam do que fazem são pobres coitados tentando se auto-afirmar, daquele tipo de pessoa que se auto-elogia diversas vezes ao dia e dorme pensando nas próximas estratégias para chamar atenção no dia seguinte.
Mas se a música pede uma dança - não, não sou dançarina profissional, arrisco passos ao som de cantores pop internacionais brincando na frente do espelho - a gente tem que saber dançar.
Então não estranhe se me vir por aí com cara de poucos amigos tentando mostrar a que vim. Ganha a lei do mercado. Só se acredita vendo, infelizmente. Bons mesmo são aqueles que chegam lá, e dão a prova. Por mais difícil que isso seja de engolir.