Esse ano de 2008 foi engraçado. Começou muito bem, pelo menos pra mim, com a formatura de minha melhor amiga e banho de mar. Não esqueço, o dia amanhecendo e Deus abençoando a paisagem, que começava a ficar mais linda. Mar azul, céu claro, sol morninho de sete da manhã... E saímos todos da festa direto para aquela paisagem paradisíaca. E foi um banho de mar de descarrego mesmo, eu sorria, tamanha a paz que eu sentia. Senti muita paz em muitos momentos em 2008. Mas aquela paz que vem com agonia, uma agonia boa da correria do dia-a-dia, aquela luta absurda para sobreviver. Mas ainda não é hora de fazer um balanço sobre o ano, afinal de contas hoje é Natal. Só queria relembrar a sensação boa de estar um tantinho perto de Deus, coisa que não senti hoje, e não sinto agora.
Natal? Eu nem o vi chegar! Mas é, é o que dizem na televisão: lojas lotadas, compras, presentes, viagens, jantares, movimento nas estradas. E não sinto Deus. Não sinto o significado do Natal. Passei pela rua hoje, e quase me indignei com a gritante cena. As pessoas saindo empacotadas das lojas, salões de beleza lotados, cada um com sua preocupação sobre ceia, parentes, coisas a resolver. Do outro lado da rua, uma senhora, cabelos desgrenhados, suja, sentada em uma calçada. A miséria gritava nos olhos dela. E ela tinha uma criança nos braços, igualmente suja. E passava a mão nos cabelos da criança, como se catasse piolhos. Ela mendigava. E eu me senti indigna de estar viva, de reclamar da minha vida. Ninguém olhava pra ela, nem para aquela criança. Nos olhos daquela mulher não existia tristeza. Mas acho que não existia também esperança. Ela estava ali, provavelmente esperando o dia seguinte. E somente.
Eu estou aqui também, em uma situação não tão deprimente, mas diria que ruim, disfarçando a solidão na Internet. Nessa noite, que deve ser especial - reza a lenda - não vejo nada de especial. Minha família inteira está longe, e só pude ouvir risos pelo telefone quando liguei para desejar um Feliz Natal. Meu pai dorme tranqüilo, em mais um dia comum para ele. Minha mãe foi dormir também. Minha irmã assiste especiais de Natal tétricos na TV. E eu estou aqui, em mais um dia como qualquer outro da minha vida. Nossa ceia é sempre no dia seguinte, um almoço em família. Acho que o dia do Natal propriamente dito tem mais vida. Ou talvez estejamos mais dispostos por não passarmos a data acordados até depois da meia-noite. Gosto de não ser padrão,nesse dia. Apenas ser.
E me pergunto, o que é um "Feliz Natal", que todos desejam no dia de hoje? A verdade é que não sei realmente, se é a comida, os presentes ou sei lá mais o quê.Talvez sejam as pessoas que compõem o dia. Mas se bem que tanta gente comenta depois, as presenças inconvenientes da festa, o reino da tolerância e hipocrisia... Mas não generalizarei aqui.
Hoje defino o Natal somente como paz que acolhe. E estar assim, mesmo nem com todos que amo, mas com os meus, a família de todos os dias. Farei uma oração antes da meia-noite e tentarei chegar o mais próximo possível de Deus que eu puder. E pedirei pela minha família, por você que lme lê, e por aquela mulher, com aquela criança nos braços. Cena de todos os dias, como o de hoje.
Natal? Eu nem o vi chegar! Mas é, é o que dizem na televisão: lojas lotadas, compras, presentes, viagens, jantares, movimento nas estradas. E não sinto Deus. Não sinto o significado do Natal. Passei pela rua hoje, e quase me indignei com a gritante cena. As pessoas saindo empacotadas das lojas, salões de beleza lotados, cada um com sua preocupação sobre ceia, parentes, coisas a resolver. Do outro lado da rua, uma senhora, cabelos desgrenhados, suja, sentada em uma calçada. A miséria gritava nos olhos dela. E ela tinha uma criança nos braços, igualmente suja. E passava a mão nos cabelos da criança, como se catasse piolhos. Ela mendigava. E eu me senti indigna de estar viva, de reclamar da minha vida. Ninguém olhava pra ela, nem para aquela criança. Nos olhos daquela mulher não existia tristeza. Mas acho que não existia também esperança. Ela estava ali, provavelmente esperando o dia seguinte. E somente.
Eu estou aqui também, em uma situação não tão deprimente, mas diria que ruim, disfarçando a solidão na Internet. Nessa noite, que deve ser especial - reza a lenda - não vejo nada de especial. Minha família inteira está longe, e só pude ouvir risos pelo telefone quando liguei para desejar um Feliz Natal. Meu pai dorme tranqüilo, em mais um dia comum para ele. Minha mãe foi dormir também. Minha irmã assiste especiais de Natal tétricos na TV. E eu estou aqui, em mais um dia como qualquer outro da minha vida. Nossa ceia é sempre no dia seguinte, um almoço em família. Acho que o dia do Natal propriamente dito tem mais vida. Ou talvez estejamos mais dispostos por não passarmos a data acordados até depois da meia-noite. Gosto de não ser padrão,nesse dia. Apenas ser.
E me pergunto, o que é um "Feliz Natal", que todos desejam no dia de hoje? A verdade é que não sei realmente, se é a comida, os presentes ou sei lá mais o quê.Talvez sejam as pessoas que compõem o dia. Mas se bem que tanta gente comenta depois, as presenças inconvenientes da festa, o reino da tolerância e hipocrisia... Mas não generalizarei aqui.
Hoje defino o Natal somente como paz que acolhe. E estar assim, mesmo nem com todos que amo, mas com os meus, a família de todos os dias. Farei uma oração antes da meia-noite e tentarei chegar o mais próximo possível de Deus que eu puder. E pedirei pela minha família, por você que lme lê, e por aquela mulher, com aquela criança nos braços. Cena de todos os dias, como o de hoje.
Um comentário:
Eu sempre me questiono no Natal, como a gente pode comemorar uma coisa, tendo tata gente na miséria? É muito hipocrisia... mas é o espírito capitalista!!! Outro texto lindo!!!!!!!! Assim nem tem mais graça. Tem q ter um sobe e desce, hj um bonito, amanhã um feio, depois um mais ou menos... só texto lido fica sem graça. Dica de amigo. kkkkkk Bjão!!!!!
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