domingo, 9 de agosto de 2009

Transgredir

Esse desespero que me rasga o peito não tem nome.
Só sei que ando, e choro.
E as lágrimas me correm o rosto, até que consigo um abraço.
E nesse afago eu tenho medo de contaminar você com a minha tristeza.
Vidro que se partiu, que me pôs a pele em carne viva.
Desespero que atravessa o coração, e me deixa sem voz.
Falta de coragem que me perturba.
Vontade de atravessar a rua.
Ser humano, quem é es tu?
Como posso viver, inconformado?
Quem me ensinou ser assim, transparente
Com esses perfumes que exalo?
Por que preciso sentir a vida,
Dar fortes tragos?
Por que não devo ser aquilo que foi anunciado?
Destino, que quiseste tu trazendo-me à tona?
Agora me rasga o peito essa tal fome de liberdade.
Agora dói nas entranhas a possibilidade de escolha.
Agora dá um nó no grito que precisa sair.
Agora sou eu, só, e preciso,
Transgredir...

Um comentário:

Rafael Carvalho disse...

Tá certa, a onda agora é se livrar, se virar, dar as caras, apostar, correr o risco, se esgotar, aprender, confiar, aprender a confiar, procurar a saída, escalar um pouco mais alto, nadar um pouco mais fundo, sorrir.

Mas se tudo isso aí não der certo, assiste um filme de Woody Allen, ué!!!