Na faculdade ele era um revolucionário com sua camisa do Che.
Participava de movimentos estudantis,
Combatia os pensamentos capitalistas mais vis .
Defendia a democratização da comunicação, a rádio poste, os movimentos sindicais
Visitava acampamento dos sem-terra e pra ele eram os amigos mais legais.
Depois ele arrumou uma namoradinha burguesinha, por assim dizer
Abandonou a calça rasgada, o cabelo desgrenhado, a camisa do Che.
Não disse muita coisa, afinal, o que havia pra dizer?
Estava apaixonado, achou lindo esse modo de viver...
Acabou a faculdade, ele deixou de ser genial.
Diploma debaixo do braço, precisava de um emprego, etc e tal.
Não havia justificativa para sua conduta,
Mas pra que justificar, o tal do Karl Marx não era um burguesinho filho da puta?
Ainda havia chances pra ele se redimir.
Só havia um jeito de alimentar os pobres e seu destino cumprir.
Não quis mais dar satisfação ou ser socialista,
Guardou o diploma na gaveta, se candidatou a um cargo público
E foi ser petista.
3 comentários:
Mas será que lá ele não poderia fazer realmente algo pra melhorar o mundo? seria a chance de redenção
Melhor fazer parte da "democracia" do que da burocracia.
Excelente post!
excelente texto! mostra exatamente o cenário patético da nossa política!quando é oposição tudo é fácil, estar ao lado do povo é questão de tempo. Ofereça o poder e conheça a verdadeira face. parabéns pelas palavras amiga.
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