Traga-me um gole de vinho.
Melhor – beberei a garrafa inteira.
Quero mergulhar em um estado lépido
Capaz de aniquilar a angústia que me rasga o peito.
Vários papéis foram para o lixo.
Não poderia transparecer minha fraqueza em palavras.
De repente, seu silêncio me transportava ao desconhecido,
Onde não sabia quem eu era e nem o que eu queria.
Não, não queria falar ou pensar.
A minha tristeza nem mais chorava ou cantava,
Nem sei se sentia.
Só ouvia o ruído do ranger de dentes,
E o riso dos casais que passavam.
Sentia na boca um gosto amargo -
Odiava a sua ausência e o não saber das coisas.
É que tudo tinha um quê de desconhecido ou não aparente...
Gostava dos detalhes.
Fora alimentado com amor a cada dia,
Com pequenas doses de carinho e compaixão.
Restara a lembrança.
Do bilhete ao lado da cama ao acordar,
Do modo como lhe tocava a face,
Do cheiro do sabonete de um banho recém-tomado,
Dos cabelos ainda molhados, que vinham lhe acariciar o peito.
Detalhes do passado.
Agora olho o andar dos ponteiros do relógio e bebo.
Não, não funciona.
Mais um papel rasgado.
Sorrio, sinto o efeito do vinho.
O vento sopra-me os cabelos.
Algumas coisas não fazem mais sentido.
6 comentários:
você escrever super bem.
de uma sensibilidade incrivel..
Estou seguindo seu blog. rsrs
Encantado..
você escrever super bem.
de uma sensibilidade incrivel..
Estou seguindo seu blog. rsrs
Encantado..
você escrever super bem.
de uma sensibilidade incrivel..
Estou seguindo seu blog. rsrs
Encantado..
Opa, bom saber que alguém me lê! rs. Obrigada! E sempre que puder, dá uma passada nesta humilde casinha.rs
Sempre estou acompanhando seu blog..vc tem um dom de transformar situações causuais da vida. que em suas palavras se tornam poesia..
depois se puder dá uma olhadinha no meu humilde blog. rsrsrs ;;
obs. eu sou esse acima. rsrsrsr
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