Nina a menina,
Acolhe-a em teu abraço
Que é o teu colo, que a faz pequenina.
Tão mulher e ferina,
Tão senhora dos seus passos,
É só pequena menina,
Envolta em seus braços.
Naquela fotografia,
Nem selvagem, nem vadia,
Todas eram ela.
Mulher, peregrina,
Noutras vezes menina, a cantar uma canção só pra ela.
Nunca estava nua.
A pele despida escondia ainda,
Segredos proibidos em seus densos olhos.
Nina, a menina, nina.
Tira os teus sapatos, embala-a em seus braços,
Aquece teu corpo.
Leva teu cheiro,
Ensopa a camisa -
Que é seu consolo nos dias frios,
Onde ela é só fotografia.