segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Estaremos nós na era do amor?


Eis a pergunta em que me faço todos os dias. Não sei se parei para observar melhor o cotidiano à minha volta, mas não, tenho certeza: estamos na era do amor. Era pra eu mudar de tema aqui neste blog, para que não comecem a pensar que só tenho um assunto, mas a verdade é que faz tempo que estou para escrever isto. É só andar nas ruas. São milhares de casais, de todas as idades, tipos e gêneros. Os que combinam, os que parecem até irmãos, os pré-adolescentes amando ( aquela Pé de Sorvete é paraíso para as crianças de doze anos!), os que não combinam, até os que assustam... rsrs Chega quase a ser lindo. Você anda nas ruas e se contamina pelo clima "love" no ar. Casais que se despedem, casais que chegam, casais que se amam, outros nem tanto...
Não sei se posso resumir o que vejo nas ruas à amor. Afinal, este é desgastado em segundos, coitado, saindo das bocas em vão como os blasfêmios que esbravejam aos quatro ventos! Mas é interessante este misto de sentimentos que vêm e vão: desejo, paixão, aventura, convenção ( aquele "velho" amor por interesse, se é que me entendem...) e amor, por que não?
Às vezes é até bonitinho. Outras vezes dá asco. Não me sinto à vontade com essas maneiras padronizadas de agir. Amor tem que ser original! Mas sempre soa piegas... e eis que você está ali, com seu coração dormindo cansado, amarrotado, indo e vindo, enchendo a cara de rugas com preocupações tantas, até amargo pra vida...até que um dia você abre mais uma página do orkut, lê uma frase, e aquilo te soa com tanta convicção a ponto de ter até uma simpatia com a legenda do casal: "Até quem me vê, lendo jornal, na fila do pão, sabe que eu te encontrei."
Enfim, amar pode ser piegas. Desde que seja original para quem está tendo ( ao menos o par muda, isto é original! rsrs), tem pra todos os gostos. Com direito à erro de ortografia gritante ( e brochante! rs), música de Vitor e Léo, apelidinhos toscos, poesias copiadas a la CTRL C, CTRL V e depoimentos no orkut que preenchem páginas com dizeres abomináveis como: " O topo é meu, meu denguinho" kkkkkkk. Em meio a tanta pieguice, podemos concordar com uma coisa: o amor é o mais democrático dos sentimentos.

domingo, 28 de setembro de 2008

Mais uma vez, de volta.

Retornando mais uma vez com um blog. Terapia, obra do acaso, nada pra fazer? Não sei ao certo. Talvez uma forma de passar por mais uma fase. Um espaço, pro desabafo, pro caos, pro aconchego. Deixo mais um dos meus rabiscos soltos, em um dia em que deu vontade de dizer algo.





Não pertenço mais a mim
Mas também, enfim, nunca fui de ninguém
Como planta que nasce em lugar errado,
Assim sou eu.
Não sou deste tempo, nem de outro
Independente de tempo há amor, isto é fato.
E foi caminhando, solitário
Que me peguei com o coração apertado
E fugi, me escondi
Relutei com a solidão, a dor, o pecado
Chorei nas sombras dos que amam sozinhos.
Voltei, sofrendo calado
Tortura, são os meus pensamentos
Mudo aqui, ou em qualquer lugar
Ninguém me lê, ou percebe meu conflito
E eis que me deixo assim, acanhado
Como amante adolescente,
Olho-te de longe, e amo, cansado.